Por graça de Deus, entre os dias 25 de agosto a 17 de setembro, pude visitar nossos padres em Vanimo (Papua Nova-Guiné), com uma breve passagem pela cidade de Sydney, na Austrália.

Neste momento a comunidade em Vanimo está formada pelos padres Tomás Ravaioli, Maximiliano Navarro e Martín Prado. Como se sabe, os padres estão encarregados da Paróquia de Baro, próxima da cidade de Vanimo, a qual compreende várias comunidades (Wutung, Yako, Waramo, Baro, etc.) e duas escolas primárias (Baro e Simola). Esta paróquia está junto à costa e se estende do limite com a paróquia de Lido (muito perto do seminário diocesano e da mesma cidade de Vanimo) até a fronteira com a Indonésia, por um espaço de 50 quilômetros.

As comunidades ali encontram-se sobre a costa, em um marco verdadeiramente imponente, com o mar de frente em todo o território paroquial; a 30 metros da costa cruza a estrada, detrás da qual há uma selva muito espessa de árvores muito altas. Não é sem razão que os papuanos chamam a seu país “o último paraíso”. A modo de exemplo, só relato o seguinte: o mesmo dia em que cheguei, desde o quarto que fiquei hospedado, pude ver de muito perto da janela quatro golfinhos; outro dia vimos com os padres uma águia que subia a grandes alturas para descer depois rapidamente até a altura do topo das árvores. Conheci também ao “Aussie”, ou Wallaby (pequeno canguru) que o Pe. Maximiliano tem como mascote.

Durante minha breve estadia pude participar de duas celebrações de primeiras Comunhões, e concelebrei a Santa Missa em várias comunidades e nas duas escolas. tive a alegria de comprovar a grande consideração que as pessoas têm para com nossos padres. Tanto crianças como adultos, idosos e famílias inteiras, manifestam um grande afeto para com eles. O Instituto já está muitos anos trabalhando na paróquia de Baro e com o passar dos anos a mesma se vai transformando quase em uma grande família. Muita pessoas, de fato, consideram-se parte de nossa Família Religiosa. Conheci jovens e meninos papuanos que se chamam Agostinho, Luján, Manuela, e outros nomes espanhóis, escolhidos pela pessoas em sinal de afeto aos nossos missionários.

Outro aspecto que me impactou muito é o gosto e o dom que têm as pessoas de Papua Nova Guiné pela música: todos cantam e com um entusiasmo que contagia. É também muito notável sua generosidade.

Na cidade de Port Moresby pude me entrevistar com o Núncio Apostólico em Papua, Mons. Michael W. Banach, e com o Mons. Cesare Bonivento, PIME, bispo de Vanimo.

Pude visitar também as Servidoras em suas duas comunidades, quem muito amavelmente me convidaram a lhes celebrar a Santa Missa com a ocasião da Festa da Exaltação da Santa Cruz.

Retornei muito edificado, tanto pelo testemunho de vida religiosa de nossos padres, como por seu trabalho pastoral. Como sabemos pelas crônicas que nos chegam de lá, a missão é muito desafiadora, mas eles têm muitos e muito bons projetos que com a graça de Deus gradualmente vão implementando. Nossos padres manifestam um grande entusiasmo pela grande aventura de misionar nesta fronteira da Igreja. Estando lá não podia deixar de pensar no atrativo dessa missão, na qual se pede absolutamente tudo do missionário.

Agradeço a nossos padres em Baro por sua caridade para comigo durante minha visita e os felicito por todo o bem realizado nessa missão tão querida do Instituto.

Por último, estive também na Austrália, em uma visita destinada a explorar a possibilidade de estabelecer uma fundação, quando Deus o permita, tal e como foi recomendado no Capítulo Geral do ano 2007. Sobre este tema escreverei com mais detalhe mais adiante.

Pe. Carlos Walker, Superior Geral, em sua visita a Missão de Papua Nova-Guiné