O que é o noviciado?

O Noviciado é uma casa de formação destinada aos primeiros contatos do candidato a vida religiosa (e ao sacerdócio) no Instituto.

De acordo com o Código de leis da Igreja, o Noviciado, com o qual se começa a vida no instituto, destina-se a que os noviços conheçam melhor a vocação divina, a vocação própria do instituto, façam experiência do modo de viver do instituto, conformem com o espírito dele a mente e o coração e comprovem sua intenção e idoneidade (Código de direito canônico, can. 646).

O noviciado é um tempo de inícios. Como inicio, implica uma ruptura com a vida anterior. E a ruptura vem medida pelas implicações dos compromissos que assumiu e que começa desde o lugar onde habita, recepção do hábito, unidade por sua duração, pelo programa formativo e, sobretudo, pela carga doutrinal e ascética religiosa a qual o noviço vai ficar submetido.

Noviciado Sto. Antônio de Sant'Anna Galvão

Noviciado Sto. Antônio de Sant’Anna Galvão

Tem-se a assistência contínua de um sacerdote, que é o Mestre de Noviços, quem por estar dedicado exclusivamente a isso pode observar todas as coisas e dizer a seu tempo os defeitos que vê e dar os ânimos e sugestões adequadas a cada pessoa e no momento preciso.

Por último o noviciado é uma etapa bem definida, na qual o candidato deve encher-se de desejos de ser religioso maior. O vivê-lo bem e superá-lo, provoca psicologicamente no jovem uma convicção de fortaleza e sã confiança de que poderá enfrentar qualquer etapa posterior de sua formação.

Objetivos do noviciado

Primeiro objetivo: busca de Deus e melhor conhecimento da vocação

A vida no Noviciado deve se orientar a uma busca exclusiva e sobrenatural de Deus quem chama e quem deve ser correspondido. Esta é a principal ocupação do noviço, buscar ao Deus que a fé nos revela.

O discernimento e a comprovação da vocação é o objetivo primário que implica estudo, distinção, esclarecimento, purificação, seleção. Desemboca organicamente na comprovação verificada do discernido, que é a vocação. A comprovação procede, não em abstrato, senão a base dos fatos, gestos ou sinais reais.

Para que esta busca seja sincera deve ser exclusiva, deve-se procurar Deus por si mesmo, não por seus dons nem suas consolações. Deus quer que gostemos de quão doce é o servi-lo. Buscar outra coisa é não encontrar tudo em Deus; não poder dizer com São Paulo: “Tudo considero perda, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por Ele, eu perdi tudo e tudo tenho como esterco, para ganhar a Cristo” (Fl 3,8).

Noviciado - IVE

Noviciado

Segundo objetivo: conhecimento de si

O conhecimento de si mesmo é de suma importância no inicio. No noviciado deve-se começar a edificação espiritual e é muito importante saber com que materiais se constrói.

Este conhecimento tem dois momentos: conhecimento dos defeitos e limitações e conhecimento dos dons recebidos ou talentos.

Terceiro objetivo: formação da mente e o coração com o instituto

Este objetivo é irmão dos precedentes, porque a vida é a manifestação do espírito. Trata-se da totalidade da pessoa, segundo suas dimensões cognitiva e afetiva, mental e cordial, teórica e experimental, interior e operativa.

Quarto objetivo: comprovação da intenção e idoneidade do noviço

Intenção. Esta palavra, juridicamente significa aprovação de um assunto em todas suas partes, o reconhecimento detalhado de algo, a confirmação…, até chegar à certeza de uma resolução.

Idoneidade. Também se comprova a idoneidade, ou seja, a posse atual, não futura nem incerta da mesma. Segue-se observando aqueles requisitos que se exigiram no momento da admissão.

Quinto objetivo: experiência de vida no instituto

O noviço não é um mero espectador, nem mero crítico da vida do instituto, a qual tolera ou se enfrenta criticamente. É protagonista ativo da mesma, embora principiante. Vivendo como tal faz experiência vital do instituto. Deve conhecer o instituto, como se dirá mais adiante, para conformar a mente e o coração com seu espírito.

Qualidades exigidas para ingressar ao Noviciado

A primeira qualidade requerida é a idade mínima de 17 anos, sob pena de invalidez do ato de admissão, do início do noviciado e de outros atos subsequentes (Código de direito canônico, Cf. c. 643 § 1).

A segunda é a saúde: não falamos tanto da ausência de enfermidades, quanto de um estado subjetivo de bem-estar geral e integral da pessoa, em suas dimensões psíquicas, físicas, espirituais, sociais, familiares…

A terceira é o caráter adequado estável e constante que lhe permita enfrentar às obrigações a assumir, comunitárias e pessoais.

Finalmente, a maturidade suficiente para integrar-se adequadamente no funcionamento e fortes exigências da vida religiosa.

Mas o critério principal e ao qual se ordenam outros é necessariamente sobrenatural, pois sobrenatural é o mistério da vocação. Onde se pode intuir razoavelmente que Deus escolhe uma alma com o chamado vocacional, o superior deve mover-se por fé. Aqui já não se trata de uma primeira impressão agradável ou não, de uma simpatia ou palpite pessoal, de critérios humanos, mas sim de ser respeitoso da eleição divina, pois Deus é o dispensador de todas as graças.

Distintas etapas do noviciado

Em nossa Congregação o tempo de noviciado é de um ano. Mas não é um ano uniforme quanto às atividades e exigências. Nelas há um progresso, tenta-se uma pedagogia. É conveniente dividir o ano em três etapas bem marcadas. A primeira do ingresso até a imposição de batina, a segunda e a terceira divididas proporcionalmente e conforme se creia conveniente de acordo à consecução dos objetivos. Põem fim ao noviciado o exercício espiritual de mês e a convivência.

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