A Catequese é uma prolongação de Cristo Mestre em nossa época. “Jesus fez e ensinou” (At 1,1). Por isso, em nossa espiritualidade nunca devemos separar dialeticamente o ensinamento do obrar, nem o obrar do ensinamento. Sempre se deve unir a integridade da doutrina com a retidão de vida, a ortodoxia e a orto-praxe. Em toda a revelação estão inseparavelmente unidas palavra e obra, “dabar” e “bará”  [1].

Queremos nos dedicar, de maneira especial, a pregação da Palavra de Deus em todas as suas formas. No estudo e no ensinamento da Sagrada Escritura e da Catequese, participando da função profética de Cristo.

Apostolado da Catequese

Como Congregação devemos ter sempre presente as palavras do Santo Padre aos religiosos: “Exorto-vos de todo o coração — a vós, a quem a consagração religiosa deve torná-los ainda mais disponíveis para o serviço da Igreja — a que vos prepareis o melhor possível para a tarefa da catequese, segundo as diversas vocações dos vossos institutos e as missões que vos são confiadas, levando convosco por toda a parte esta preocupação. Que as comunidades consagrem o máximo das suas capacidades e possibilidades à obra específica da catequese!” [2].

Ao dedicar todo nosso empenho nesta tarefa nos deve mover também o íntimo convencimento de que: “Quanto mais a Igreja, a nível local ou universal, se mostrar capaz de dar prioridade à catequese — em relação a outras obras e iniciativas cujos resultados possam ser mais espetaculares — tanto mais encontrará na catequese o meio para a consolidação da sua vida interna como comunidade de fiéis, bem como da sua atividade externa missionária. A Igreja, neste século XX prestes a terminar, é convidada por Deus e pelos acontecimentos, que também são apelos de Deus, a renovar a sua confiança na atividade catequética, como tarefa verdadeiramente primordial da sua missão. É convidada a consagrar à catequese os seus melhores recursos de pessoal e de energias, sem poupar esforços, trabalhos e meios materiais, para organizá-la melhor e formar para ela pessoas qualificadas. Nisto não poderá ater-se a cálculos puramente humanos, mas tem de haver uma atitude de fé. E uma atitude de fé refere-se sempre à fidelidade de Deus, que não deixa nunca de corresponder” [3].


[1] Diretório de Espiritualidade, 109.
[2] Cf. João paulo II, Ex. ap. Catechesi Tradendae, 65.
[3] Catechesi Tradendae, 15.