“Cristo é a revelação e a encarnação da misericórdia do Pai” (João Paulo II, RM 12). Ele revela e encarna a misericórdia de Deus através da maior obra de misericórdia jamais conhecida pela humanidade, que é a obra de redenção pelo sangue de sua cruz, com a qual destrói a raiz de todos os males: o pecado.

Nossa Família Religiosa, que busca ser outra prolongação da Encarnação do Verbo, “para encarná-lo em todo o autenticamente humano” (Constituições, 36), deseja humildemente através das obras de misericórdia:

a. Continuar revelando aos homens o amor misericordioso de Deus para com o gênero humano, e seguir encarnando-o através de todas as formas de obras de misericórdia, e, assim, aliviar muitos dos males que afligem o homem moderno. Além disso, para que pelo testemunho da caridade, muitos irmãos conheçam a Deus: “para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mt 516).

Obras de Misericórdia

 b. Amar a Deus manifestando-o no amor concreto aos irmãos, já que é o único meio possível de amar a Deus, como nos ensinou Jesus Cristo, e como também afirma o Apóstolo: “Quem diz que ama a Deus e não ama seus irmãos é um mentiroso” (cf. 1 Jo 4:20).

 Queremos assim seguir os passos do Verbo Encarnado, que vindo a nos redimir do pecado, se compadeceu das feridas que este causou em nós, visto que passou por este mundo curando os homens de suas misérias físicas e espirituais, dando-nos prova convincente da sua misericórdia e do seu amor pelo Pai.

Resumindo o que deve ser o nosso espírito na prática das obras de misericórdia “corporais”, recordamos a advertência da Beata Madre Teresa de Calcutá: “Não estamos aqui pelo trabalho. Estamos por Jesus. Antes de tudo somos religiosos. Nós não somos assistentes sociais, professores, enfermeiros ou médicos. Servimos Jesus nos pobres e tudo isto que fazemos é por Ele. Nossa vida não tem outro sentido. Esta é a única coisa que nem todos compreendem. Servimos Jesus 24 horas por dia e Ele nos dá força. O amamos nos pobres e aos pobres com Ele, mas o Senhor está sempre em primeiro lugar”.