Perfil do Religioso do IVE
Na maioria das vezes, aqueles que acabaram de conhecer o IVE, ou estão discernindo sua vocação tem dúvidas a respeito do que particularmente caracteriza nossa congregação.
Obviamente, é difícil dar uma caracterização completa de nosso Instituto e do perfil de nossos religiosos em alguns parágrafos, mas aqui traremos alguns dos principais pontos:
Em primeiro lugar, somos um jovem instituto e estamos crescendo muito rápido. Isso significa que novas coisas estão constantemente desenvolvendo – estamos assumindo novas paróquias, dando início a fundações em novos países, lançando novos apostolados, abrindo novos seminários e noviciados em diferentes lugares etc. Como resultado, estamos sempre tentando nos adaptar às circunstâncias, as quais muitas vezes são inusitadas, por exemplo: você pode ter suas malas prontas para ir a uma missão na Itália e acaba sendo enviado, na última hora, para ajudar a iniciar uma nova fundação na Rússia (isso já aconteceu!).
Outra nota importante aqui é que, porque temos tanta coisa acontecendo, os nossos membros trabalham muito duro, eles estão realmente tentando gastar-se no serviço de Cristo. Relacionado a isso, e também pela natureza ampla de nosso carisma, é o fato de que nós realmente utilizamos ao máximo o potencial de nossos membros.
Quer se trate de talento artístico ou musical, a capacidade intelectual, línguas, experiência em construção, ou qualquer outra coisa, nós desafiamos os nossos membros para utilizar seus dons ao máximo a serviço da nossa vasta gama de desafios missionários. Tudo isto nos estimula, mas é preciso uma intensa vida de oração e um verdadeiro espírito de auto-sacrifício para sustentar essa intensa atividade apostólica. Claro, nós também dependemos enormemente da oração e penitência dos nossos membros contemplativos!
Somos um instituto fiel e profundamente comprometido com a Igreja e seu Magistério, e reconhecemos que isso significa que os nossos membros precisam ser católicos em todos os aspectos de suas vidas. Isso significa que precisamos estar totalmente de acordo com a Igreja em nosso entendimento filosófico e em nossa formação teológica. Isso significa que temos o desejo de ter um zelo verdadeiramente católico em nossa atividade missionária, e que nós realmente acreditamos na necessidade de levar a Igreja Católica a pessoas e lugares que não a conhecem. Isso também significa que temos um profundo desejo de imitar a Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado, de modo a ser imolado e totalmente consumidos por amor a Ele. Isso significa que temos uma profunda devoção à sua presença real na Santíssima Eucaristia, e que temos uma profunda devoção filial a Nossa Senhora, nos consagrando por inteiro a ela de acordo com o método de São Luís Maria de Montfort.
Somos um Instituto alegre. Rezamos para que nós possamos sempre encontrar essa alegria na cruz (gaudium in cruce) e nunca esquecer que ao abraçar nossa cruz estamos vivendo a imitação de Nosso Senhor.
Sabemos que Cristo disse que para segui-lo devemos tomar a cruz, e fazendo isso podemos ter a certeza de que estamos seguindo o Seu divino exemplo. Sabemos, também, que cultivar um espírito de alegria e vida fraterna, às vezes dá trabalho, porém estamos preparados para fazer isso por amor aos nossos irmãos e a nossa vida comunitária, mas sobretudo, porque sabemos que a nossa vocação é um dom de Deus, um dom pelo qual devemos sempre nos alegrar por ter sido dado a nós.
O espírito de alegria, ou a alegria, é uma parte muito importante de nosso carisma, inclusive em nossas Constituições mostra que devemos cultivar essa virtude da eutrapélia, como Aristóteles e S. Tomás de Aquino a chamou. Nós nos esforçamos para fazer de tudo, desde as mais pequenas tarefas diárias aos mais importantes apostolados, com o coração leve e um espírito alegre. Na verdade, as pessoas às vezes dizem que ficam surpresas ao ver como somos silenciosos quando estamos na Igreja, e quão extrovertidos somos no jantar.
Somos uma Instituto missionário. “A atividade missionária não é nada mais e nada menos do que uma epifania, ou uma manifestação do decreto de Deus, e a sua realização no mundo e na história do mundo, no curso da qual Deus, por meio de missão, manifesta sua obra de salvação na história. Pela pregação da palavra e pela celebração dos sacramentos, tendo como centro e ápice a Santíssima Eucaristia, que nos traz a presença de Cristo, o autor da salvação (Ad Gentes 9, Concílio Vaticano II).
“Estamos convencidos de que o mundo não pode ser transformado sem Cristo e Sua Igreja. Com a graça de Deus nós buscamos evangelizar todos os homens. Nossa missão tem uma dupla caracterização: Por um lado, buscamos a glória de Deus e a salvação das almas (tanto nossas quanto dos outros) especialmente pela prática das virtudes que nos fazem participar mais na humildade do próprio Cristo. Por outro lado, nos comprometemos toda a nossa força para inculturar o Evangelho, isto é, para estender a Encarnação do Verbo “a todos os homens, em todo o homem, e em todas as manifestações do homem”, de acordo com os ensinamentos do Magistério da Igreja.
A fim de cumprir isso queremos fundar-nos em Jesus Cristo, que veio em carne (1 Jo 4,2), e só em Cristo, e Cristo sempre, e Cristo em tudo, e Cristo em todos, e Cristo Todo, porque a rocha é Cristo e ninguém pode por outro fundamento (1 Cor 3,11). Queremos amar e servir, e fazer amar e fazer servir a Jesus Cristo: a seu Corpo e a seu Espírito. Tanto ao Corpo físico de Cristo na Eucaristia, quanto ao Corpo místico de Cristo, que é a Igreja, bem como o Seu Espírito, e para trazer outros para amar e servi-lo conosco.