Pelo Pe. Tomás Ravaioli, IVE.
Um dia histórico para a nossa missão em Vanimo. Por que? Porque em 04 de março de 1961 os primeiros missionários chegaram a esta terra. Apenas 53 anos atrás! É inacreditável quando se compara com os 2000 anos de evangelização na Europa ou 500 anos na América. Aqui são apenas 60 anos, por isso é apenas o começo, e há muito a ser feito. Muita coisa, realmente. Falando dessa história sempre conto que os anciãos das aldeias ainda se lembram desse momento, e com lágrimas nos olhos, te dizem: “Me lembro bem … eram homens brancos com batinas brancas e chegaram em canoas.” Que privilégio ter testemunhado um acontecimento como esse!
Os primeiros missionários desta terra foram os Passionistas. Antes haviam passado uns franciscanos, mas nunca tinham estado em missão aqui: eles vieram, ficaram alguns dias e voltaram ao seu lugar de missão, muito longe da região. Os primeiros que vieram para ficar foram os Passionistas, e devemos tudo a eles. E não só vieram sacerdotes, mas também veio um número impressionante de leigos australianos para ajudá-los a ensinar o catecismo e na construção de casas, capelas e pequenos aeroportos nos lugares mais remotos da selva. E uma vez que haviam terminado estes trabalhos, a grande maioria voltou para a Austrália e deixaram tudo pronto para que viessem novos missionários encontrassem tudo em ordem. E esses somos nós, que viemos para continuar o que eles mesmos começaram.
A 4 de março de 2011, quando se completaram os 50 anos de evangelização em Vanimo, vieram todos os missionários (sacerdotes e leigos) que haviam iniciado a missão. Agora, já eram velhos, de não menos que 70 anos cada um. Foi muito interessante escutá-los e sobretudo ver todas as fotografias que tinham daqueles tempos. E não fizemos mais que agradecer-lhes o exemplo e trabalho. De fato, estou escrevendo neste blog a partir da casa que eles mesmos construíram há 53 anos.
Isto é tudo. Pode parecer sem importância, mas para um missionário em Papua-Nova Guiné é um motivo de grande alegria. E de grande responsabilidade, porque substituir esses grandes missionários não é uma tarefa fácil.
Pe. Tomás Ravaioli, IVE