Nossos Religiosos, em sua vida espiritual, no caminho de perfeição, contam com a ajuda indispensável do diretor espiritual.

A prática da direção espiritual é um dos tesouros mais valiosos da bimilenaria tradição da Igreja, sementeira de vocações à vida consagrada, de sacerdotes fervorosos, de leigos de alto voo e incidência social, de apóstolos de todo gênero, enfim, de genuínos Santos. É a arte de levar as almas pelos interiores e invisíveis caminhos do espírito para a união com Deus.

 A falta de formadores autênticos, profundos e zelosos pelas almas, é mais um sintoma da crise geral que atravessa a formação de genuínos pastores de almas. Por isso Juan Pablo II, na Pastores Dabo Vobis, insistia aos sacerdotes: “É necessário redescobrir a grande tradição do acompanhamento espiritual individual, que deu sempre tantos e tão preciosos frutos na vida da Igreja”. Refere-se o Papa neste documento de fazer uma “proposta decidida e convincente de direção espiritual”; e que “se convide aos meninos, os adolescentes e os jovens a descobrir e apreciar o dom da direção espiritual, para buscá-lo e experimentá-lo, a solicitá-lo com insistência confiada a seus educadores na fé”. E aos sacerdotes diz que “sejam os primeiros em dedicar tempo e energias a este trabalho”. Fazendo isto com seriedade, embora devam deixar em segundo plano muitas outras atividades pastorais importantes, dizia o Papa, “não se arrependerão jamais”.