“Seguindo ao Papa na doutrina e aos Santos na vida, jamais nos equivocaremos, já que o Papa não pode se equivocar nos ensinamentos sobre a fé e a moral, nem se equivocaram os Santos na prática das virtudes” [1]

Nosso terceiro grande amor deve ser sempre a figura branca do Papa. “Ali onde está Pedro, ali está a Igreja” [2] e “Pedro fala pela boca de Leão” [3] (agora Francisco). Logo depois que Simão dá testemunho de Cristo: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo (Mt 16,16), Cristo dá testemunho de Simão: Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja (Mt 16,18).

Papa Francisco e Nossa Senhora de Lujan

A ideia de Corpo das Igrejas reclama a existência de uma Cabeça das Igrejas, que é precisamente a Igreja de Roma, que “preside a comunhão universal da caridade” [4]. O Sucessor de Pedro “é princípio e fundamento perpétuo e visível” [5] da unidade da Igreja universal e da unidade do Episcopado. Daí que o ministério petrino não é um serviço que alcança às Igrejas particulares “de fora”, senão que “pertencente já à essência de cada Igreja particular desde dentro” [6]. O ministério do Primado comporta uma potestade episcopal, ou seja, como Bispo universal e da diocese de Roma, não é uma mera dignidade, de tal modo, que tudo o que um Bispo pode fazer em suas paróquias o pode fazer o Papa em todas e cada uma das Igrejas particulares do mundo; é potestade suprema, nenhum outro possui igual ou maior poder; é potestade plena, não só a parte principal; é imediata, pode exercê-la sobre os Bispos e fiéis; é universal, sobre todos sem excluir nenhum; é ordinária, derivada diretamente de Jesus Cristo; e “pode exercê-la sempre e livremente” [7].

A tarefa primordial do Romano Pontífice para toda a Igreja é a promoção da unidade, que não repugna da promoção da diversificação própria da comunhão.

Fidelidade ao Papa

Fazemos nosso o ensinamento de Santo Inácio de Loyola: “Devemos sempre ter para em tudo acertar, que o branco que eu vejo, crer que é negro, se a Igreja Hierárquica assim o determina” [8]. Portanto, seguros de que essa é a vontade de Jesus Cristo, “permaneçamos surdos quando alguém nos fale prescindindo do Papa, ou não explicitamente em favor do Papa e da sã e exata doutrina da Igreja: estes não são plantação do Pai Celestial, senão que malignos brotos de heresias que produzem fruto mortífero” [9]. Recordemos sempre que “ao Papa se deve amá-lo na cruz; e quem não o ama na cruz, não o ama verdadeiramente. Estar em tudo com o Papa quer dizer estar em tudo com Deus; amar a Jesus Cristo e amar ao Papa é o mesmo amor” [10], já que “… amar ao Papa, amar à Igreja, é amar a Jesus Cristo” [11].

Nosso lema é “com  Pedro e sob Pedro” [12].


[1] Constituições do Instituto Verbo Encarnado, 213.
[2] Santo Ambrosio, Enarr. In Psalmos, XL, 30.
[3] Aclamação dos padres conciliares de Calcedônia (451), ao concluir-se a leitura do Tomus ad Flavianum de São Leão I, Magno.
[4] Santo Ignacio de Antioquía, Aos Romanos, prólogo: MG 5,685
[5] Constituição dogmática sobre a Igreja Lumen Gentium, 1964, 23.
[6] Cf. João Paulo II, Alocução aos Bispos dos EUA no Seminá­rio Menor de “Nuestra Señora de Los Angeles”. (16/09/1987), 4; OR (18/10/1987), p. 16.
[7] Constituição dogmática sobre a Igreja Lumen gentium, 1964, 22.
[8] Livro dos Exercícios Espirituais, Santo Inácio de Loyola, 365.
[9] São Luís Orione, Cartas de Dom Orione, Carta de Pentecos­tes de 1912, Ed. Pío XII, Mar del Plata 1952, p. 184.
[10] São Luís Orione, Cartas, I, p. 99; cit. OR (24/07/­1992), p. 1.
[11] São Luís Orione, Cartas de Dom Orione, Carta de 01/07/1936, Ed. Pío XII, Mar del Plata 1952, p. 133.
[12] “Cum Petro et sub Petro”, Decreto sobre a atividade missionária da Igreja Ad Gentes Divinitus, 1965, 38.